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Brasil Livre de Febre Aftosa: Conquista Histórica para o Agro!

Brasil Livre de Febre Aftosa: Conquista Histórica para o Agro! Brasil Livre de Febre Aftosa: Conquista Histórica para o Agro!

Índice:

No dia 29 de maio de 2025, o Brasil será oficialmente reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) durante a 92ª Assembleia Geral, em Paris, França.

A cerimônia, marcada para as 10h (horário de Paris, 5h em Brasília), contará com uma delegação de cerca de 90 representantes brasileiros, incluindo membros do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

Essa conquista histórica posiciona o Brasil como líder global em sanidade animal, abrindo portas para mercados exigentes e fortalecendo a competitividade do agronegócio. Vamos explorar o que isso significa, como o Brasil chegou até aqui e o impacto para o futuro do agro!

O Que É a Febre Aftosa e Por Que Ela Importa?

A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta animais de casco fendido, como bovinos, suínos, ovinos e caprinos. Ela causa febre, lesões na boca e nos cascos, reduzindo a produtividade do rebanho. Para o Brasil, maior exportador de carne bovina do mundo, a sanidade animal é essencial para manter a confiança dos mercados internacionais.

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Impacto econômico: A doença limita o acesso a mercados como Japão e Coreia do Sul, que exigem o status de livre sem vacinação. Esse reconhecimento eleva a qualidade percebida da carne brasileira.

Último foco: O Brasil não registra casos desde 2006, no Mato Grosso do Sul. Desde então, o país avançou com zonas livres com e sem vacinação, culminando na conquista nacional de 2025.

A Jornada Até a Conquista Histórica

Alcançar o status de livre de febre aftosa sem vacinação exigiu mais de 50 anos de esforços coordenados entre governo, produtores e entidades do setor. Vamos entender os principais marcos dessa trajetória.

O Programa Nacional de Vigilância

Plano Estratégico (PNEFA): O Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA), coordenado pelo MAPA, foi a base dessa conquista. Ele envolveu vacinação em massa, controle de trânsito animal e vigilância sanitária rigorosa.

Suspensão da vacinação: Entre 2023 e 2024, o Brasil suspendeu gradualmente a imunização em vários estados. A última campanha ocorreu em novembro de 2022 em estados como Goiás e em abril de 2024 em outros, como o Ceará. A OMSA exige 12 meses sem vacinação e sem entrada de animais vacinados para conceder o status.

Autodeclaração em 2024: Em maio de 2024, o Brasil se autodeclarou livre de febre aftosa sem vacinação, com anúncio do ministro Carlos Fávaro e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Esse foi o primeiro passo para o reconhecimento internacional.

Aprovação da OMSA em 2025

Comissão Científica: Em 24 de fevereiro de 2025, a Comissão Científica da OMSA aprovou o pedido do Brasil e da Bolívia para o status de livre sem vacinação. A decisão final será confirmada na Assembleia Geral, com a entrega do certificado em 29 de maio.

Cerimônia em Paris: A delegação brasileira, liderada por Marcelo Moura, delegado do MAPA, participará da cerimônia em Paris. A presença de representantes de estados como Goiás, Pará e Amazonas destaca o esforço nacional.

Benefícios para o Agro Brasileiro

O reconhecimento como livre de febre aftosa sem vacinação traz vantagens concretas para produtores, exportadores e a economia brasileira. Vamos explorar esses benefícios.

Abertura de Mercados Exigentes

Novos destinos: Países como Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos, que exigem esse status, agora são acessíveis. O Japão, que importa 700 mil toneladas de carne bovina por ano, é um alvo prioritário.

Preços mais altos: Esses mercados pagam melhor pela carne, sem restrições como desossa ou maturação. Em 2021, a região Sul viu um aumento de 27% nas exportações após o reconhecimento de alguns estados.

Confiança global: O status reforça a imagem do Brasil como líder em sanidade animal, atraindo mais importadores e consumidores.

Redução de Custos

Economia com vacinas: Mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos deixarão de ser vacinados, gerando uma economia de mais de R$ 500 milhões anuais para os produtores.

Menos burocracia: Sem campanhas de vacinação bianuais, os produtores reduzem custos com manejo e logística. Agora, a obrigação é declarar rebanhos em maio e novembro, incluindo todas as espécies da propriedade.

Fortalecimento da Cadeia Produtiva

Competitividade: O Brasil, já líder em exportações de carne bovina com 135,8 mil toneladas no primeiro trimestre de 2025, ganha ainda mais força no mercado global.

Sustentabilidade: A erradicação sem vacinação reduz o uso de recursos para produção e armazenamento de vacinas, alinhando o agro a práticas sustentáveis.

Como o Brasil Chegou Até Aqui?

Essa conquista histórica é resultado de um trabalho coletivo que envolveu tecnologia, parcerias e dedicação. Vamos entender os pilares desse sucesso.

Parceria Público-Privada

Setor público: O MAPA, junto com defesas agropecuárias estaduais, como a Agrodefesa de Goiás e a Adepará do Pará, coordenou ações de vigilância e fiscalização.

Produtores rurais: Os pecuaristas aderiram às campanhas de vacinação e às normas de trânsito animal, fundamentais para o sucesso do PNEFA.

Entidades do setor: Organizações como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) apoiaram com treinamento e monitoramento.

Vigilância Sanitária

Monitoramento contínuo: Após o fim da vacinação, a vigilância passou a ser o principal escudo contra a doença. Inspeções regulares e respostas rápidas a suspeitas de surtos são cruciais.

Declaração de rebanhos: Produtores agora declaram todos os animais da propriedade, incluindo bovinos, suínos, ovinos, caprinos, equídeos e aves, para manter o controle sanitário.

Controle de trânsito: Até maio de 2025, o Brasil manteve restrições ao trânsito de animais vacinados para estados livres, garantindo conformidade com a OMSA.

Tecnologia e Ciência

PANAFTOSA: O Centro Panamericano de Febre Aftosa, no Rio de Janeiro, forneceu suporte técnico e científico desde 1951, essencial para o controle da doença.

Inovação: O Brasil investiu em vacinas de qualidade e no mapeamento da doença, permitindo estratégias precisas de erradicação.

Desafios para Manter o Status

Ser livre de febre aftosa sem vacinação é uma conquista, mas mantê-la exige vigilância constante. Quais são os principais desafios?

Riscos de Reintrodução

Fronteiras: Países como a Venezuela ainda têm a doença, exigindo barreiras sanitárias rigorosas nas fronteiras brasileiras.

Surtos globais: Em 2025, países como Alemanha e Hungria registraram casos, reforçando a necessidade de monitoramento contínuo.

Resposta rápida: O Banco Regional de Antígenos (BANVACO) e planos de contingência são essenciais para agir em caso de emergência.

Educação e Conscientização

Engajamento dos produtores: A declaração obrigatória de rebanhos e a adesão às normas sanitárias dependem da colaboração contínua dos pecuaristas.

Capacitação: Treinamentos para produtores e técnicos são necessários para manter a biossegurança nas fazendas.

Concorrência Regional

América do Sul: A Bolívia também será reconhecida como livre sem vacinação, e outros países, como o Paraguai, avançam na mesma direção. O Brasil precisa se destacar.

Mercados globais: Com mais países alcançando esse status, o Brasil deve investir em marketing e certificações adicionais para manter a liderança.

Impacto na Economia Brasileira

O reconhecimento como livre de febre aftosa sem vacinação terá reflexos diretos na economia nacional, especialmente no agronegócio.

Crescimento das Exportações

Novos mercados: A abertura de mercados como Japão e Coreia do Sul pode aumentar significativamente as exportações. Em 2021, a região Sul faturou R$ 4,3 bilhões após o reconhecimento de alguns estados.

Diversificação: Além da carne bovina, o status beneficia a exportação de carne suína e outros produtos pecuários, ampliando as fontes de receita.

Benefícios para o Produtor

Redução de custos: A economia com vacinas permite que os produtores invistam em tecnologia e infraestrutura.

Valorização do produto: A carne de um país livre sem vacinação tem maior valor de mercado, beneficiando diretamente os pecuaristas.

Impacto Social

Empregos: O fortalecimento do agronegócio gera mais empregos, especialmente em estados como Mato Grosso e Pará, com grandes rebanhos.

Segurança alimentar: A sanidade animal garante produtos de qualidade, aumentando a confiança dos consumidores brasileiros e internacionais.

O Papel dos Estados na Conquista

Diversos estados brasileiros foram fundamentais para alcançar esse status. Vamos destacar alguns exemplos.

Santa Catarina: O Pioneiro

Liderança: Santa Catarina foi o primeiro estado brasileiro a ser reconhecido como livre sem vacinação, em 2007, exportando para mais de 150 países.

Inovação: O estado introduziu a identificação individual de bovinos com brincos numerados, um modelo adotado nacionalmente.

Mato Grosso: Gigante da Pecuária

Rebanho robusto: Com o maior rebanho bovino do Brasil, Mato Grosso conquistou o status em 2025, após o último foco em 1996.

Esforço conjunto: A parceria entre o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) e entidades como a Famato foi crucial.

Pará: Segundo Maior Rebanho

Marco histórico: Com mais de 26 milhões de cabeças, o Pará alcançou o status em 2025, abrindo mercados como Japão e Estados Unidos.

Vigilância: A Adepará substituiu a vacinação por monitoramento baseado em riscos, garantindo a sanidade do rebanho.

O Futuro do Agro Brasileiro

Com essa conquista, o Brasil está pronto para novos desafios e oportunidades no cenário global.

Expansão Internacional

Novos acordos: O governo negocia protocolos sanitários com países como o Japão, que podem ser selados em breve.

Liderança regional: Com a Bolívia também reconhecida, a América do Sul avança para a erradicação total da febre aftosa, liderada pelo Brasil.

Sustentabilidade e Inovação

Práticas sustentáveis: O status reforça o compromisso do Brasil com a sustentabilidade, reduzindo o impacto ambiental da produção de vacinas.

Tecnologia: Ferramentas como monitoramento por satélite e rastreabilidade podem manter o Brasil na vanguarda da sanidade animal.

Desafios Climáticos

Mudanças climáticas: Eventos climáticos extremos exigem reforço na prevenção de doenças, como destaca a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Adaptação: O MAPA usa painéis dinâmicos para monitorar dados históricos e planejar ações contra riscos climáticos.

Por Que Essa Conquista É Histórica?

O reconhecimento como livre de febre aftosa sem vacinação é mais do que um selo sanitário. É o resultado de décadas de trabalho, dedicação dos produtores e estratégias do governo. Como afirmou o vice-presidente da CNA, Gedeão Pereira, “o mérito vem da qualidade crescente da nossa produção”. Essa conquista histórica coloca o Brasil entre os cerca de 70 países com esse status, como Austrália e Estados Unidos.

Orgulho nacional: Para o vice-presidente Geraldo Alckmin, “o Brasil sempre sonhou com esse status”, que eleva o país a um novo patamar de sanidade animal.

Impacto duradouro: Com vigilância contínua, o Brasil pode manter esse status por décadas, consolidando sua liderança global.

Como Aproveitar Essa Oportunidade?

Produtores devem se preparar para novos mercados, investindo em biossegurança e rastreabilidade. A declaração de rebanhos em maio e novembro é essencial para manter o status. Consumidores e a cadeia do agro podem apoiar comprando produtos brasileiros, reforçando a qualidade do setor.

Conclusão

O reconhecimento do Brasil como livre de febre aftosa sem vacinação em 29 de maio de 2025 é uma vitória histórica para o agronegócio. Ele abre mercados exigentes, reduz custos, fortalece a economia e consolida o Brasil como líder em sanidade animal. Com vigilância, inovação e colaboração, o país manterá esse status, garantindo um futuro promissor para o agro. Celebre essa conquista e continue apoiando o setor que faz o Brasil brilhar no mundo!

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