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Quem é o Rei do Milho no Brasil atual?

Quem é o Rei do Milho no Brasil atual? Quem é o Rei do Milho no Brasil atual?

Índice:

O milho é um dos pilares do agronegócio brasileiro, sendo o segundo cereal mais cultivado no país, atrás apenas da soja. Em 2025, o Brasil segue consolidado como o terceiro maior produtor mundial de milho e um dos líderes em exportação, disputando espaço com gigantes como Estados Unidos e China. Mas quem merece o título de “Rei do Milho” no Brasil atual?

Para responder essa pergunta, é preciso mergulhar nos dados mais recentes, analisar os principais estados produtores, as empresas e grupos que dominam o setor, e entender os fatores técnicos e econômicos que impulsionam essa cultura essencial para a economia nacional e global. Neste artigo, exploraremos o cenário atual da produção de milho no Brasil, com foco em números de 2024 e projeções para 2025, trazendo uma visão técnica e otimizada para quem busca informações no universo agro.

O cenário da produção de milho no Brasil em 2024/2025

O Brasil tem se destacado no mercado global de milho graças à sua capacidade única de produzir duas safras anuais – a primeira safra (verão) e a segunda safra (safrinha), esta última sendo a principal responsável pelo volume total colhido.

Segundo o 10º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado em julho de 2024, a safra 2023/2024 alcançou 115,86 milhões de toneladas, um número que reflete uma queda de 12,2% em relação à safra anterior (132 milhões de toneladas), impactada por condições climáticas adversas em algumas regiões.

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Para a safra 2024/2025, as projeções iniciais apontam uma recuperação, com estimativas que variam entre 125 e 130 milhões de toneladas, dependendo do clima e do aumento da área plantada.

A segunda safra, cultivada após a colheita da soja, representa cerca de 75% da produção total, com destaque para o Centro-Oeste, que lidera em volume e produtividade. Esse desempenho é impulsionado por avanços tecnológicos, como sementes geneticamente modificadas, manejo integrado de pragas e uso de bioinsumos, além da demanda crescente por milho no mercado interno (ração animal e etanol) e externo (exportações para países como China e União Europeia).

Por que o milho é tão importante para o Brasil?

O milho não é apenas um alimento básico em muitas regiões do país; ele é a base da cadeia de proteína animal, sendo essencial para a produção de rações para aves, suínos e bovinos. Além disso, a expansão da indústria de etanol de milho, especialmente no Centro-Oeste, tem elevado o consumo interno, que deve atingir 85 milhões de toneladas em 2024, segundo a Agrifatto. No cenário internacional, o Brasil consolidou-se como o maior exportador de milho em 2023, com 55 milhões de toneladas, superando os Estados Unidos, e mantém essa tendência em 2024, mesmo com uma produção menor.

A relevância econômica do milho também se reflete no PIB do agronegócio, que representa cerca de 25% do PIB nacional. Em 2024, o valor bruto da produção (VBP) do milho foi estimado em mais de R$ 70 bilhões, destacando sua contribuição para a balança comercial e a estabilidade econômica do país.

Dados atualizados da safra de milho 2024/2025

Para a safra 2024/2025, as perspectivas são otimistas. O Boletim de Conjuntura Agropecuária do Departamento de Economia Rural (Deral), publicado em novembro de 2024, estima que a segunda safra de milho alcance 101,5 milhões de toneladas, um aumento de 0,8% na área plantada e uma recuperação significativa da produtividade média, que deve superar 5.500 kg por hectare. Esse crescimento é favorecido por:

  • Clima favorável: Previsões de chuvas regulares no Centro-Oeste e Sul durante o período de plantio.
  • Demanda aquecida: Consumo interno recorde e preços médios acima de R$ 70 por saca de 60 kg.
  • Tecnologia: Adoção de manejo sustentável e sementes de alta performance.

Os principais estados produtores de milho no Brasil

O título de “Rei do Milho” no Brasil atual não pode ser definido sem analisar os estados que lideram a produção. Abaixo, detalhamos os gigantes da safra 2024/2025 com base nos dados mais recentes.

Mato Grosso: o líder absoluto

Mato Grosso é, sem dúvida, o maior produtor de milho do Brasil
Mato Grosso é o Rei do Milho no Brasil Atual!

Mato Grosso é, sem dúvida, o maior produtor de milho do Brasil, responsável por cerca de 42% da produção nacional. Na safra 2023/2024, o estado colheu 50 milhões de toneladas, com uma produtividade média de 6.762 kg por hectare, 24% acima da média nacional (5.467 kg/ha), segundo o Agro Sustentar. Para 2024/2025, as projeções indicam um volume próximo de 52 milhões de toneladas, consolidando sua liderança.

O sucesso de Mato Grosso se deve à vasta área plantada (cerca de 7,5 milhões de hectares), ao clima favorável para a segunda safra e ao uso intensivo de tecnologia, como agricultura de precisão e integração lavoura-pecuária. Além disso, a proximidade com portos como Santos (SP) e Paranaguá (PR) facilita a exportação.

Principais municípios de Mato Grosso

  • Sorriso: Conhecido como a “capital do agronegócio”, lidera em área plantada e produtividade.
  • Lucas do Rio Verde: Destaque em inovação e sustentabilidade.
  • Sapezal: Grande produtor de milho de segunda safra.

Paraná: o vice-campeão da produção de milho

O Paraná é o segundo maior produtor, com 15% da produção nacional. Na safra 2023/2024, colheu cerca de 17 milhões de toneladas, mas enfrentou desafios climáticos que reduziram a produtividade em algumas áreas. Para 2024/2025, a Conab projeta uma recuperação, com estimativas de 18 a 20 milhões de toneladas, graças ao plantio acelerado da soja, que permite a semeadura do milho safrinha dentro da janela ideal.

O estado se destaca pela alta qualidade do milho de primeira safra, cultivado no verão, e pela infraestrutura logística eficiente, com acesso aos portos do Sul.

Regiões destaque no Paraná

  • Campos Gerais: Produtividade acima de 6.500 kg/ha.
  • Oeste paranaense: Foco na segunda safra e integração com pecuária.

Goiás: o terceiro colocado em ascensão

Goiás responde por 12% da produção nacional, com cerca de 14 milhões de toneladas na safra 2023/2024. Para 2024/2025, espera-se um incremento para 15 milhões de toneladas, impulsionado pela expansão da área plantada (2,5 milhões de hectares) e pela demanda do setor de etanol de milho. A produtividade média do estado, de 6.300 kg/ha, está entre as mais altas do país.

Fatores de sucesso em Goiás

  • Etanol de milho: Usinas como as de Rio Verde aumentam o consumo local.
  • Solo fértil: Cerrado goiano favorece altas produtividades.

Outros estados notáveis

  • Minas Gerais: Produziu 8 milhões de toneladas em 2023/2024, com foco na primeira safra.
  • Santa Catarina: Líder em produtividade por hectare (7.852 kg/ha), mas com volume menor (3 milhões de toneladas).

As empresas e grupos que disputam o trono do milho

Além dos estados, grandes empresas e grupos agrícolas têm papel crucial na produção de milho, sendo candidatas ao título de “Rei do Milho“. Aqui, destacamos os principais players com base em área cultivada, produção e inovação.

Bom Futuro: o gigante de Mato Grosso

O Grupo Bom Futuro é o maior produtor agrícola individual do Brasil, com 583 mil hectares cultivados em Mato Grosso. Embora a soja seja seu carro-chefe (1,3 milhão de toneladas por safra), o milho de segunda safra é um pilar essencial, com produção estimada em 700 mil toneladas na safra 2023/2024. Para 2024/2025, o grupo planeja ampliar a área de milho, aproveitando os preços favoráveis e a demanda por etanol.

O sucesso da Bom Futuro vem do planejamento estratégico, uso de tecnologia (como drones e agricultura de precisão) e integração com a pecuária, que otimiza o uso do solo.

Diferenciais da Bom Futuro

  • Sustentabilidade: Rotação de culturas e redução de defensivos.
  • Escala: 33 unidades de produção no estado.

Amaggi: o império do Centro-Oeste

A Amaggi Agro, braço agrícola do Grupo Amaggi, cultiva 258 mil hectares, produzindo mais de 1 milhão de toneladas de grãos e fibras por safra, sendo o milho um destaque com cerca de 400 mil toneladas em 2023/2024. Com fazendas em municípios como Sapezal e Campo Novo do Parecis, a empresa investe em agricultura de precisão e logística integrada, exportando grande parte de sua produção.

Pontos fortes da Amaggi

  • Logística: Terminais próprios para escoamento.
  • Inovação: Uso de bioinsumos e sementes OGM.

SLC Agrícola: a referência em escala e tecnologia

A SLC Agrícola, com sede em Porto Alegre (RS), opera 468 mil hectares, dos quais 82 mil são dedicados ao milho. Na safra 2023/2024, produziu cerca de 500 mil toneladas do cereal, com projeções de crescimento para 550 mil toneladas em 2024/2025. Listada na Bolsa de Valores, a empresa é pioneira em conectividade nas lavouras e aplicação seletiva de defensivos.

Vantagens da SLC

  • Tecnologia: Fazendas conectadas e manejo digital.
  • Expansão: Negociações para adquirir a Terra Santa, podendo atingir 601 mil hectares.

Fatores que definem o “Rei do Milho”

Para coroar o “Rei do Milho” no Brasil atual, é preciso considerar critérios como volume produzido, produtividade por hectare, inovação tecnológica e impacto econômico. Veja os principais fatores:

Volume de produção

Mato Grosso lidera em volume absoluto, com empresas como Bom Futuro e Amaggi à frente. No entanto, o Paraná e a SLC Agrícola também impressionam em escala.

Produtividade por hectare

Santa Catarina, com 7.852 kg/ha, é imbatível em produtividade, mas seu volume total é pequeno. Mato Grosso e Goiás, com médias acima de 6.500 kg/ha, equilibram eficiência e escala.

Inovação e sustentabilidade

Grupos como Bom Futuro e SLC destacam-se pelo uso de tecnologias avançadas e práticas sustentáveis, como integração lavoura-pecuária e bioinsumos, alinhando-se às demandas globais por agricultura de baixo carbono.

Impacto econômico

A exportação de milho, liderada por Mato Grosso, e o crescimento do etanol de milho em Goiás e Mato Grosso fortalecem o peso econômico desses estados e empresas no setor.

Desafios para o “Rei do Milho” em 2025

Mesmo com projeções positivas, o setor enfrenta desafios que podem influenciar quem será o “Rei do Milho” em 2025:

  • Clima: Secas ou chuvas excessivas podem afetar a produtividade, como visto em 2023/2024.
  • Custos: Alta dos fertilizantes importados pressiona os lucros.
  • Pragas: Cigarrinha-do-milho e percevejo barriga-verde exigem manejo eficiente.

Conclusão: quem é o “Rei do Milho” no Brasil atual?

Definir o “Rei do Milho” no Brasil em 2025 depende do critério adotado. Se o foco é volume, Mato Grosso reina absoluto, com seus 50 milhões de toneladas e gigantes como Bom Futuro e Amaggi. Se a métrica é produtividade, Santa Catarina leva a coroa com seus 7.852 kg/ha. Para inovação e escala empresarial, SLC Agrícola e Bom Futuro disputam o trono, enquanto o Paraná e Goiás mostram resiliência e crescimento.

No contexto técnico e econômico, Mato Grosso, com seu domínio na segunda safra e nas exportações, é o candidato mais forte ao título em 2024/2025. Contudo, o verdadeiro “Rei do Milho” é o agronegócio brasileiro como um todo, que combina tradição, tecnologia e escala para manter o país como protagonista global. Fique conectado ao XConecta Agro Brasil para mais análises e atualizações sobre o setor!

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