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Cana-de-Açúcar: Produtividade por Estado (Ranking 2025)

Cana-de-Açúcar: Produtividade por Estado (Ranking 2025)

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Cana-de-Açúcar: Produtividade por Estado (Ranking 2025)

Índice:

Cana-de-Açúcar: Produtividade por Estado (Ranking 2025)

A cana-de-açúcar segue como um dos pilares do agronegócio brasileiro. Em 2025, o foco de quem planta, colhe e investe está na produtividade por hectare — o indicador que mais impacta custo por tonelada, rentabilidade e competitividade do açúcar e do etanol. Este guia traz um ranking comparativo por estado, explicado de forma prática, com insights acionáveis para você entender quem está na frente, por que está e o que dá para melhorar na sua realidade.

Contexto rápido: a safra 2025/26 chegou com ajuste de produtividade média nacional em relação à temporada anterior, reflexo de calor acima da média e chuvas irregulares, especialmente no Centro-Sul. Esses movimentos ajudam a entender as diferenças entre os estados e por que alguns avançam mais do que outros.


Como ler este ranking

Objetivo: oferecer um panorama comparativo de produtividade (t/ha) por estado em 2025, com tendências regionais e fatores agronômicos que puxam o desempenho para cima ou para baixo.

Fontes e método: referências oficiais e setoriais são combinadas para posicionar os estados por faixas de produtividade (estimativas 2025) e destacar variações. Onde a safra ainda está em consolidação, usamos intervalos (faixas) e sinais de tendência (↑ melhora | ↓ piora | → estabilidade).

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Por que faixas e não número único? Porque a produtividade varia dentro do próprio estado (solo, idade do canavial, perfil varietal, irrigação, mecanização, manejo de pragas, incêndios e janelas de colheita). As faixas capturam melhor a realidade e ajudam na tomada de decisão sem prometer precisão ilusória.


Ranking 2025 — Produtividade por Estado (t/ha)

Legenda:

  • Faixa (t/ha) = produtividade estimada média estadual em 2025
  • Tendência 2025 = comportamento vs. 2024/25 ( melhora | piora | estabilidade)
  • Destaques = fatores que ajudam a explicar o desempenho

Top 1–5: Liderança consolidada

  1. São Paulo76–82 t/ha ()

    • Mix tecnológico e mecanização elevada: padronização operacional e renovação de canaviais consistente.
    • Pressão climática: calor e déficit hídrico em momentos críticos achatando a curva de produtividade; focos de queimadas em polos específicos.
  2. Mato Grosso do Sul (MS)75–81 t/ha ()

    • Ambiente produtivo competitivo: escala industrial crescente.
    • Sensibilidade ao clima: maior dispersão de resultados entre microrregiões em anos de neutralidade/El Niño.
  3. Paraná (PR)74–80 t/ha (→/↓)

    • Boa eficiência agrícola e logística: base sólida.
    • Amplitude térmica e eventos de frio/estiagens: modulam o teto produtivo na borda sul do cinturão.
  4. Goiás (GO)73–79 t/ha ()

    • Crescimento de área e modernização: usinas integradas e bons índices operacionais.
    • Clima desafiador em 2025/26: recuo médio de produtividade em parte do estado.
  5. Minas Gerais (MG)72–78 t/ha ()

    • Boa base tecnológica: expansão controlada e produtividade consistente.
    • Variabilidade hídrica interna: diferenças entre Triângulo/Alto Paranaíba e outras microrregiões.

Posições 6–10: Competitivos e com espaço para ganho

  1. Mato Grosso (MT)70–77 t/ha ()

    • Avanço técnico: mecanização elevada e ajuste de processos.
    • Clima mais quente e seco: puxou a média para baixo no ciclo 2025.
  2. Espírito Santo (ES)68–75 t/ha ()

    • Heterogeneidade: polos com irrigação e variedades adequadas elevam o piso produtivo.
    • Limitações locais: idade de canaviais e relevo em áreas específicas.
  3. Rio de Janeiro (RJ)66–73 t/ha ()

    • Recuperação gradual: ampliação de áreas produtivas.
    • Dependência climática: janelas favoráveis de crescimento são decisivas.
  4. Bahia (BA)64–72 t/ha (→/↑)

    • Ganhos pontuais com manejo: expansão irrigada em polos específicos.
    • Distribuição irregular de chuvas: ainda é o grande gargalo.
  5. Sergipe (SE)62–70 t/ha ()

    • Tecnificação gradual: melhoria de processos agrícolas.
    • Limitação hídrica estrutural: principal fator no Nordeste.

Posições 11–15: Nordeste tradicional e ajustes no Norte/Nordeste

  1. Pernambuco (PE)60–68 t/ha ()

    • Base histórica da cana: topografia e regime hídrico exigem manejo fino.
    • Oportunidades: variedades tolerantes à seca e irrigação localizada.
  2. Alagoas (AL)60–67 t/ha ()

    • Indústria consolidada: tradição e escala.
    • Regularidade de chuva: define saltos de produtividade ano a ano.
  3. Paraíba (PB)58–66 t/ha ()

    • Micros de maior potencial: manejo intensivo se destaca.
    • Desafios: solos rasos e janelas de seca.
  4. Rio Grande do Norte (RN)56–64 t/ha ()

    • Irrigação em expansão: eleva o piso produtivo e estabiliza a média.
    • Janelas climáticas: ainda reduzem o teto estadual.
  5. Maranhão (MA)55–63 t/ha (→/↓)

    • Ciclos de estiagem em 2024 e 2025: impacto direto na produtividade.
    • Potencial de ganho: reforma de canaviais e ajuste varietal.

Nota: Estados com menor participação relativa (ex.: Pará, Piauí, Ceará) mantêm volumes modestos e grande variabilidade de produtividade em função de clima, solo e escala industrial. A liderança nacional se concentra no Centro-Sul (SP, MS, PR, GO, MG), que responde pela maior parte da produção brasileira.


O que explica as diferenças de produtividade entre estados

Clima e janela de colheita

  • Temperatura e chuva: definem o pico de TCH nas fases de estabelecimento e crescimento vegetativo.
  • Anos mais quentes e secos: reduzem a média nacional e aumentam a dispersão entre polos.

Idade do canavial e reforma

  • Canaviais jovens e bem conduzidos: rendem mais entre o 1º e o 3º corte.
  • Atrasos na reforma: talhões envelhecidos puxam a média para baixo, sobretudo sob déficit hídrico.

Variedades e ambiente de produção

  • Ambientes A/B + variedades modernas: elevam o teto de produtividade.
  • Ambientes C/D: pedem materiais mais rústicos, priorizando estabilidade.

Manejo de solo e fertilidade

  • Calagem, gessagem e enxofre bem ajustados: potencializam resposta a N e K.
  • Compactação e baixa matéria orgânica: limitam perfil radicular e resposta à água.

Proteção fitossanitária

  • Pragas-chave: broca, cigarrinha, Spodoptera e plantas daninhas exigem manejo preventivo.
  • Doenças: raquitismo e ferrugem alaranjada podem morder toneladas por hectare sem monitoramento.

Colheita e queima

  • Colheita mecanizada otimizada: altura de corte, perdas e tráfego controlado preservam o perfil para cortes seguintes.
  • Queimadas na maturação: derrubam TCH e comprometem ATR.

Onde dá para ganhar 5–10 t/ha em 1–2 safras

  • Reforma estratégica: priorize talhões com TCH em queda por 2–3 cortes; faça diagnóstico de solo (MO, CTC, Ca/Mg, S, K, P disponível) antes da reforma.
  • Ambiente x variedade: mapeie ambientes (A a D) e aloque variedades específicas; materiais tolerantes à seca reduzem risco no Nordeste e bordas mais secas do Centro-Oeste.
  • Irrigação/“salva-vida”: gotejo ou pivô em áreas estratégicas eleva o piso produtivo e estabiliza o ATR.
  • Nutrição de precisão: enxofre e silício são multiplicadores quando bem posicionados; K em cobertura fracionada minimiza perdas e sustenta TCH.
  • Controle integrado de pragas: monitoramento + biológicos reduzem perdas sem explodir custo.
  • Operação de colheita: ajuste de extratores e velocidade, tráfego controlado e corte mais alto quando compensa; menos compactação = mais raízes e mais TCH no ciclo seguinte.

Benchmarks úteis (Brasil 2025)

  • Produtividade média nacional: faixa em torno de meados de 70 t/ha na transição 2025/26, abaixo do ciclo anterior.
  • Qualidade (ATR) no Centro-Sul: sinal de recuo em 2025/26 versus 2024/25.
  • Concentração regional: grande parte da produção segue no Centro-Sul, o que explica o maior investimento e inovação nessa região.

Como usar este ranking no seu negócio

Para usinas e fornecedores

  • Planeje a reforma: mire ambientes e custos, não apenas idade do canavial.
  • Acerte a variedade: considere o clima esperado da próxima janela.
  • Irrigação direcionada: priorize talhões de maior retorno (ambiente A/B).
  • Perdas na colheita: cada 1% a menos vira TCH no ano e no ciclo seguinte.

Para produtores independentes

  • Comece pelo solo: diagnóstico completo antes de investir em insumos.
  • Biológicos integrados: alinhe com inseticidas seletivos quando necessário.
  • Rotas de adubação: inclua enxofre e silício em solos exauridos.
  • Logística de corte: reduza tráfego pesado e preserve a vida do solo.

Para investidores e compradores

  • Estados líderes: SP, MS, PR, GO e MG tendem a entregar consistência de TCH e bom mix (açúcar/etanol).
  • Variáveis críticas: clima, focos de queimadas e câmbio mexem com custo por tonelada, ATR e exportações.

Perguntas frequentes (FAQ)

Produtividade (t/ha) é o mesmo que ATR?

Não. t/ha mede toneladas de cana por hectare (TCH). ATR é a qualidade (kg de açúcar recuperável por tonelada). É possível ter TCH alto com ATR baixo e vice-versa.

Por que a média do Brasil caiu em 2025/26?

O combo calor e chuva irregular em momentos-chave, somado a queimadas, reduziu o potencial no Centro-Sul, que concentra a maior parte da produção nacional.

Dá para “blindar” a produtividade em anos quentes e secos?

Blindagem total, não. Mas irrigação direcionada, variedades tolerantes, solo corrigido e colheita com menos perdas amortecem a queda e encurtam a recuperação no ciclo seguinte.

Qual estado tem maior potencial de salto em 1–2 safras?

Estados na faixa intermediária do ranking (MT, ES, RJ, BA, SE), já com base técnica e oportunidade em irrigação e reforma, costumam se destacar quando o clima ajuda e o manejo encaixa.


Conclusão: quem lidera e o que esperar

  • Liderança do Centro-Sul: SP, MS, PR, GO e MG puxam a fila em produtividade média.
  • Clima mais hostil: apertou as médias e esparramou resultados entre polos — especialmente GO e MT.
  • Ganho factível de 5–10 t/ha: reforma cirúrgica + variedade certa por ambiente + nutrição com S/K/Si + biológicos bem encaixados + colheita com menos perdas.

Se você quer comparativos locais (município, microrregião) e um plano de ação para levantar TCH na sua realidade, entre em contato: cruzamos clima, solo, idade de canavial e calendário de corte e devolvemos um roteiro prático para a sua área.


 

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