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O milho é um dos pilares do agronegócio brasileiro, mas manchas nas folhas, caules ou espigas podem preocupar qualquer produtor. Essas manchas, muitas vezes, sinalizam doenças, pragas ou deficiências nutricionais que afetam a produtividade. Neste artigo, vamos explorar como identificar essas manchas, suas causas e os melhores tratamentos para proteger sua lavoura. Acompanhe as dicas práticas e garanta uma safra de milho saudável em 2025!
Por que as manchas aparecem nas plantações de milho?
As manchas em plantações de milho surgem por diversos fatores, desde doenças fúngicas até estresses ambientais. Identificar a causa é o primeiro passo para um manejo eficiente. Dados do IBGE mostram que, em 2024, o Brasil produziu 127 milhões de toneladas de milho, mas perdas por doenças chegaram a 15% em algumas regiões. Vamos detalhar as principais causas.
Doenças fúngicas e bacterianas
Muitas manchas são causadas por fungos ou bactérias que se proliferam em condições de umidade e calor. Essas doenças podem comprometer a fotossíntese e reduzir a produção de grãos.
- Mancha branca: Causada pelo fungo Pantoea ananatis, apresenta manchas brancas ou acinzentadas nas folhas.
- Helmintosporiose: Provocada por Helminthosporium, gera manchas marrons com bordas amareladas.
- Ferrugem: Identificada por manchas alaranjadas, é causada pelo fungo Puccinia polysora.
Pragas que causam manchas
Insetos como a cigarrinha-do-milho e percevejos podem causar danos que se manifestam como manchas. Segundo a CEPEA, em 2024, infestações de cigarrinha impactaram 10% das lavouras no Centro-Oeste.
- Cigarrinha-do-milho: Transmite viroses que causam manchas amareladas ou listras.

- Percevejos: Provocam manchas escuras ao se alimentar das folhas ou grãos.

Deficiências nutricionais
A falta de nutrientes como nitrogênio, potássio ou magnésio pode causar manchas amareladas ou clorose nas folhas. Um solo mal preparado reduz a absorção de nutrientes essenciais.
- Deficiência de nitrogênio: Folhas com manchas amareladas, começando pelas mais velhas.
- Deficiência de potássio: Manchas marrons nas bordas das folhas.
Como identificar as manchas com precisão
Identificar o tipo de mancha é crucial para escolher o tratamento correto. Observar o padrão, a cor e a época do aparecimento ajuda no diagnóstico. Ferramentas como drones e softwares de agricultura de precisão, usados em 20% das lavouras brasileiras em 2024 (segundo Embrapa), facilitam esse processo.
Passo a passo para identificação
- Observar a localização: Manchas nas folhas inferiores podem indicar deficiências nutricionais; nas superiores, pragas ou fungos.
- Analisar o padrão: Manchas uniformes sugerem problemas nutricionais; manchas irregulares, doenças ou pragas.
- Consultar especialistas: Agrônomos podem realizar análises laboratoriais para confirmar a causa.
Tecnologias de apoio
Drones com câmeras multiespectrais identificam manchas antes que sejam visíveis a olho nu. Aplicativos como o Plantix ajudam a diagnosticar doenças com base em fotos das folhas.
Estratégias para tratar e prevenir manchas
Depois de identificar a causa, é hora de agir. O manejo integrado combina práticas preventivas e corretivas para minimizar perdas.
Controle de doenças
Fungicidas e bactericidas são eficazes, mas devem ser usados com critério para evitar resistência. A Embrapa recomenda rotação de princípios ativos.
- Fungicidas: Produtos à base de triazóis ou estrobilurinas combatem fungos como a ferrugem.
- Relação custo-benefício: Em 2024, o custo médio de aplicação de fungicidas foi de R$ 150 por hectare, com retorno de até 10 sacas adicionais.
Manejo de pragas
O controle de pragas exige monitoramento constante. Inseticidas biológicos, como os baseados em Bacillus thuringiensis, são opções sustentáveis.
- Monitoramento: Armadilhas de feromônios ajudam a detectar infestações precocemente.
- Controle biológico: Joaninhas e outros predadores naturais reduzem populações de cigarrinhas.
Correção nutricional
Análises de solo antes do plantio evitam deficiências. A calagem, com 1 a 3 toneladas de calcário por hectare, e a adubação balanceada são essenciais.
- Adubação: Fórmulas como 10-20-20 (N-P-K) corrigem deficiências de forma eficiente.
- Foliar: Aplicações foliares de micronutrientes, como zinco, complementam o manejo.
Práticas preventivas
A rotação de culturas, como milho com soja ou crotalária, reduz a incidência de doenças. O plantio direto, adotado em 70% das lavouras de milho em 2024 (IBGE), melhora a saúde do solo.
Estudo de caso: manejo eficiente em Goiás
Em 2024, a região de Rio Verde, em Goiás, enfrentou desafios com manchas em lavouras de milho, especialmente por ferrugem e cigarrinha-do-milho. Dados da Secretaria de Agricultura de Goiás indicam que 12% das lavouras da região sofreram perdas iniciais devido a esses problemas. Um grupo de produtores locais implementou um manejo integrado, combinando o uso de fungicidas à base de triazóis, monitoramento com armadilhas de feromônios e rotação com soja. Como resultado, as perdas foram reduzidas para menos de 4%, e a produtividade média aumentou de 90 para 98 sacas por hectare. Esse caso demonstra como a combinação de tecnologias e boas práticas pode proteger a lavoura e melhorar os resultados econômicos.
Perguntas frequentes sobre manchas em plantações de milho
Quais são as manchas mais comuns no milho?
As mais comuns são a mancha branca, helmintosporiose e ferrugem, causadas por fungos, além de manchas por deficiências de nitrogênio ou potássio.
Como evitar manchas na próxima safra?
Faça análise de solo, use sementes certificadas, adote rotação de culturas e monitore pragas regularmente.
Fungicidas são sempre necessários?
Não, mas são recomendados em casos confirmados de doenças fúngicas. Consulte um agrônomo para avaliar a necessidade.
Conclusão: proteja sua lavoura com conhecimento
Enfrentar manchas em plantações de milho exige observação, diagnóstico preciso e ação rápida. Com as estratégias certas, como monitoramento, manejo integrado e tecnologias modernas, é possível minimizar perdas e garantir uma safra produtiva.
A XConecta Agro Brasil está aqui para trazer mais dicas essenciais para aumentar sua produtividade e conectar você ao futuro do agronegócio.
Leandro Gugisch